A morte de um ícone: Elizabeth II
A Rainha Elizabeth II do Reino Unido faleceu hoje dia 08 de setembro aos seus 98 anos e 70 anos de reinado, sendo a monarca mais longeva da história do Reino Unido.
Uma garota tímida, mas de fortes convicções que atuou na II Guerra Mundial, no serviço territorial auxiliar, e que subiu ao trono em 1952, sendo então nomeada rainha do Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Paquistão e Ceilão, bem como a chefe da Commonwealth.

Foto. A princesa Elizabeth II durante a II Guerra Mundial.
Durante seu reinado, viu o florescer do Reino Unido e sua consolidação como uma das maiores potências do planeta, assim como a cisão de parte dos territórios com influência britânica tais como Hong Kong. Foi testemunha do ascenso de importantes líderes, já sejam na Inglaterra como a inesquecível Margaret Thatcher ou uma sucessão de líderes nos Estados Unidos, país com o qual o Reino Unido sempre manteve uma relação especial apesar dos altos e baixos.
Embora o casamento do então príncipe Charles, futuramente rei Charles III, com Diana Spencer, tenha colocado o reino no olho do furacão, voltou a se reconciliar com seus súbditos após a morte da famosa Lady Di.
A rainha que foi testemunhas de diferentes papados, convenções internacionais e mudanças no cenário internacional, mesmo não sendo uma líder absolutista, mas sim carismática e tradicional, representava bem a célebre frase atribuída a Luis XIV “O Estado sou Eu”, pois de fato foi uma figura icônica do Reino Unido e soube manter uma postura firma da casa real dentro da realidade política dos países, até mesmo em sua adesão a União Europeia e posterior cisão.
É impossível não admirar a Rainha Elizabeth, mesmo não concordando com alguns de seus atos, ela de fato representou uma vida dedicada ao Estado e uma liderança feminina que após 70 anos, nos deixa com um sabor amargo na boca, pois sabemos que começa uma nova Era.
E como diria Evelyn Beatrice Hall (Frase atribuída a Voltaire):
"Posso não concordar com nenhuma das palavras (ou atos) que você disser (fazer), mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las." pois sem dúvidas, foi um exemplo de liderança e até mesmo da democracia parlamentarista.
God Save the Queen!

Wesley Sá Teles Guerra, autor livros "Cadernos de Paradiplomacia" & "Paradiplomacy Reviews,the rise of the cities, subnations and Smartcities". Especialista em Relações Internacionais, Paradiplomacia e Smartcities.
PHd em Sociologia e Mudanças da Sociedade Contemporânea UNED-Espanha, Mestre em Políticas Sociais e Intervenção Sociocomunitária UDC-Espanha, Mestre em Gestão e Planejamento de Cidades Inteligentes UCM-Andorra, Pós-Graduado Ciências Políticas e Relações Internacionais FESPSP-Brasil.