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Brasil 2024: Retorno à Atividade Internacional e Grande Potencial para Investimentos Estrangeiros

No horizonte da América do Sul, o Brasil emerge como um colosso econômico e político, marcando sua presença no cenário mundial. Com o pano de fundo de um ano desafiador, mas promissor, o gigante sul-americano se prepara para um ressurgimento na arena internacional em 2024. Com um foco renovado na atração de investimentos estrangeiros, o país está pronto para desdobrar seu potencial e consolidar-se como um destino privilegiado para investidores globais.


Arrumando a Casa:


Após um período de turbulência política e econômica, o Brasil conseguiu se estabilizar e seguir em direção a um caminho de crescimento sustentável. A administração atual implementou políticas progressistas destinadas a fortalecer a economia e melhorar o ambiente de negócios. Com um enfoque renovado na abertura econômica e na liberalização do mercado, o Brasil se apresenta como um terreno fértil para investimentos estrangeiros.


É importante lembrar que, de acordo com um estudo da prestigiosa Fundação Getúlio Vargas (FGV), Lula foi o presidente com o melhor desempenho econômico da história do Brasil, sendo responsável por mobilizar mais de 40 milhões de pessoas para o mercado de consumo, retirar o país do mapa global da fome e tornar o Brasil sede da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos.


No entanto, o maior feito de Lula foi também seu calcanhar de Aquiles... A descoberta dos campos de petróleo no pré-sal brasileiro colocou o país entre as maiores reservas do planeta, porém também serviu para instaurar a instabilidade política e a proliferação de diversos esquemas de corrupção, que levaram ao impeachment de sua sucessora, Dilma Rousseff (atualmente inocentada pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil e sem nenhuma acusação pendente), e até mesmo a prisão do próprio Lula por um suposto crime de corrupção, que foi posteriormente anulado devido à conduta parcial do então juiz Sérgio Moro, cuja atuação foi manchada por interesses pessoais, busca por projeção pessoal, acordos ilícitos com promotores e organizações estrangeiras e prevaricação. "A maior farsa jurídica da história" foram as palavras do Supremo Tribunal Federal do Brasil ao julgar o processo de Lula, que entre as muitas inconsistências incluía a falta de provas substanciais contra Lula, ausência de leitura do inquérito pelo colegiado, violações reiteradas ao código de ética dos magistrados por parte do juiz, além dos benefícios pessoais obtidos pelos envolvidos no julgamento, que foram posteriormente promovidos a altos cargos na gestão de Bolsonaro, confirmando a tese de que o julgamento de Lula era uma maneira de removê-lo do cenário político e eleger Bolsonaro como presidente.


Durante a gestão de Bolsonaro, o Brasil se tornou o que é conhecido na área de Relações Internacionais como um Estado Pária, deixando de participar e ser convidado para os principais eventos geopolíticos do planeta. Além disso, a gestão desastrosa e criticada da pandemia devido ao negacionismo do então presidente, Jair Bolsonaro, resultou em um total de 700 mil mortes por Covid-19. Por outro lado, também eram frequentes os ataques à importantes governos e parceiros do Brasil por parte da família Bolsonaro, como os insultos à primeira-dama da França, os ataques nas redes sociais a Angela Merkel ou os insultos à China, maior parceiro econômico do país, que chegou a ameaçar retirar seu embaixador do Brasil.


Com a vitória de Lula nas últimas eleições de 2022 e o começo do seu mandato no ano 2023, o país retomou seu caminho nas Relações Internacionais e uma nova força, especialmente após a tentativa de um golpe de estado fracassado por parte dos apoiadores de Bolsonaro no primeiro ano do mandato de Lula, que deixou claro ao mundo o problema do extremismo político na região e a necessidade de superá-lo por meio de políticas mais progressistas e abertas.


A política externa de Lula, caracterizada pelo bandwagoning e multipolaridade, coloca o Brasil novamente como líder do Sul Global, com dois grandes projetos: o primeiro é ampliar a influência e consolidação dos BRICS com a expansão do grupo, e o segundo é assinar o tão sonhado acordo econômico com a União Europeia que está em negociação há mais de 20 anos. Além disso, desde o primeiro dia do mandato de Lula, o Brasil voltou a participar de fóruns internacionais de Direitos Humanos e preservação do Meio Ambiente e retomou a ajuda internacional para a preservação da Floresta Amazônica.


Os programas sociais, que têm sido a principal aposta de Lula para promover o desenvolvimento econômico do Brasil, estão novamente surtindo efeitos com a redução das taxas de inflação e aumento do poder de compra... no entanto, para recuperar o desastre deixado pela última gestão, o Brasil precisa de algum tempo... Mesmo assim, o crescimento econômico do país superou as expectativas e novos investimentos estrangeiros foram anunciados em todo o território, com vários setores sendo beneficiados.


Oportunidades: Um dos setores que oferece oportunidades significativas para os investidores é o da infraestrutura. O Brasil enfrenta desafios neste campo, com a necessidade de modernizar e expandir suas redes de transporte, energia e comunicações. As iniciativas do governo para promover parcerias público-privadas e projetos de concessões oferecem um terreno propício para a participação de investidores internacionais na construção e desenvolvimento de infraestruturas-chave.


Além disso, o setor tecnológico do Brasil está experimentando um crescimento notável, com um ecossistema de startups em rápido desenvolvimento e uma crescente demanda por inovação. Com uma população jovem e altamente digitalizada, o Brasil oferece um mercado vibrante e receptivo para empresas de tecnologia estrangeiras que buscam expandir-se na América do Sul.


O setor agrícola brasileiro também apresenta oportunidades lucrativas para investidores estrangeiros. Com vastas extensões de terras cultiváveis e uma indústria agroalimentar bem estabelecida, o Brasil é um dos principais produtores mundiais de alimentos e produtos agrícolas. A modernização das práticas agrícolas e o aumento da produtividade oferecem um potencial considerável para aqueles que buscam capitalizar o boom global da agricultura.


Além de seus atrativos econômicos, o Brasil também está recuperando seu papel no cenário internacional como um ator geopolítico relevante. Com uma diplomacia ativa e uma participação construtiva em fóruns multilaterais, o país busca fortalecer seus laços com parceiros estratégicos e promover a cooperação em áreas-chave como comércio, segurança e meio ambiente.


Em resumo, o Brasil está em um ponto de inflexão em 2024, pronto para um renascimento na cena mundial. Com um foco renovado na atração de investimentos estrangeiros e no impulso da atividade econômica, o país oferece um ambiente propício para aqueles que buscam capitalizar seu potencial de crescimento. Com um vasto mercado interno, recursos naturais abundantes e uma população dinâmica, o Brasil promete ser um destino atraente para investidores internacionais nos anos vindouros.


Wesley Sá Teles Guerra

Fundador CERES e Paradiplomata. Poliglota. Formado Negociações Internacionais pelo CPE (Barcelona), Bacharel Administração pela UCB, Pós graduado Relações Internacionais e Ciências Políticas FESPSP, Mestrado Políticas Sociais e Migrações UDC (Espanha), MBA Marketing Internacional MIB (Massachussetts-EUA), Global MBA ILADEC, Mestrado Smarticities UC (Andorra), Doutorando Sociologia UNED (Espanha). Especialista Paradiplomacia, Desenvolvimento Econômico e Cidades Inteligentes. Autor livro Cadernos de Paradiplomacia, Paradiplomacy Reviews e Manual de sobrevivência das Relações Internacionais. Comentarista convidado da CBN Recife e finalista do prêmio ABANCA para investigação acadêmica.

Atuou como Paradiplomata do Governo da Catalunha durante o "procés" processo de autodeterminação da região da Catalunha (Espanha), também foi membro do IGADI, Instituto Galego de Análise e Documentação Internacional e coordenador do OGALUS, Observatório Galego da Lusofonia, sendo o responsável pelo estudo Relações entre Galicia e Brasil. Assim mesmo foi o primeiro brasileiro a se candidatar em uma eleição na cidade de Ourense (Espanha).

Foi editor executivo da revista ELA do IAPSS e é membro de diversas instituições tais como CEDEPEM, ECP, Smartcities Council e REPIT. 

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