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O Abismo da Pós realidade: As faces do Colecionismo Hodierno dos Bebês reborns

  • Foto do escritor: CERES
    CERES
  • há 5 dias
  • 4 min de leitura

A febre do colecionismo ou delírio público generalizado? Eis uma dúvida hodierna que há uma década alcança diálogos nas redes/mídias sociais. Compreende-se que os Bonecos ou Bebês reborns carregam simbolismo, como coleções, realizações Tardias ou elos para confecção de equilíbrio emocional. Também da mesma forma são visualizados como uma projeção de desejos não resolvidos, produção de consumo “amoroso” ou um espelho da sociedade. Confusão que condena o uso, dialoga sobre o porquê de suas consequências.


A comunidade dos Bonecos/Bebês reborn foi iniciada nos Estados Unidos da América em meados dos anos 1990, com confeccionadoras denominadas “Cegonhas” que faziam das Bonecas comuns, versões modificadas com algum realismo. E depois desse período, foi expandido para as demais regiões do globo, com colecionadores que embalam o vazio e encaram coleções como essa em inúmeros países. Hoje, com vários grupos globais que realizam feiras, empreendem lojas especialidades com canais/perfis famosos pelas redes.


E quando a posse do Bebê reborn é colocada como problema, cabe um diálogo sobre as consequências analisadas no campo social, emocional e psicológico de quem o possui e, isso associado para algo além do ideal do colecionismo. Mesmo que os bonecos sejam as expressões palpáveis dos valores artístico e/ou culturais no cenário nacional, é visual que o lado obsessivo do realismo carrega polêmicas e doses de “insanidade inapropriada” no grau de comparação da aquisição para vislumbre e da brincadeira sob ápices de verdade.


Em casos, o Bebê reborn é usado como o simbolismo de um filho perdido, mesmo como o ganho de uma vivência/experiência não alcançada ou da solidão generalizada. Claro, faz menção a um recurso psicológico, mas adia e negligencia com que se vislumbre/vivencie o emocional das discussões mais profundas, como perdas, mesmo “Cenários de Trauma.” Há sim uma confusão evidenciada da modificação do simbolismo e negação da realidade, como um “elo” confeccionado com uma produção de vinil e silicone, o inegável delírio (...)

Como o Bebê reborn é um brinquedo que simula uma realidade próxima, desafia-se o que impede a mescla do real no ápice da verbalização do “brincar". E quando se vê o próximo de um colecionismo para jovens e/ou pessoas mais velhas, se dialoga sobre uma possível ação que dessa maneira revive fases de vidas não resolvidas, isso sob ideações como crianças crescidas no corpo de pessoas confusas com suas experiências individualizadas.  O que provoca discussões sobre escapismo, danos para com personalidades e desvios…


É visível que nas mídias/redes sociais, há com a exibição do dia a dia de colecionadores que impulsionam consumo desenfreado dos próprios bonecos com mamadeiras, berços, mamadeiras, da mesma forma adquirindo inclusive, ensaios com encenações específicas do que seria o mais próximo da vivência real. Há nisso o que se chama de um famigerado “comércio do cuidado”, que é regenerado com novas produções e personalizações. O que cabe é a dúvida se o mercado lucra com desvios emocionais ou se ambos se relacionam?


Inclusive, cabe um diálogo do reforço dos padrões estéticos eurocêntricos estereotipados, inúmeras confecções com pele clara, feições delicadas e roupas de grife. Poucos desses modelos incluem diversidade racial, de gênero, mesmo condições especiais que reforçam referências de inclusão sobre beleza (...) Com isso, há sim discussões sobre qual infância e/ou corpos são os mais valorizados, do mercado ao campo social, e quais seriam esses invisibilizados pelo senso comum, quase que como uma “seleção” que padroniza e exclui; 

No cenário clínico, é compreensível que para idosos, pessoas com demência e/ou lidando com inúmeros Traumas, o uso desses Bebês reborns carregam algum apreço, com afago. Porém, há uma preocupação percebida sobre o risco de regressão dos mesmos ou uso sem que haja claridade sobre os porquês. Nisso, em meados dessa confusão pessoal há a discussão sobre como esses bonecos inseridos na ação psicológica consolida, ou quem sabe mesmo inviabiliza a dignidade da pessoa humana quase que como uma dualidade…


No geral, sabe-se que vídeos divulgados nas mídias/redes sociais e exposições públicas de pessoas comuns com bebês reborns causam confusão social, com especificidade logo que as mesmas expõem ao público seu colecionismo como se fossem crianças reais. E o hobbie que a princípio, ligaria conexões de indivíduos colecionadores à uma comunidade, gera rejeição, calúnias e incompreensão generalizada, condicionando discussões públicas sobre possível “regressão” e (des)evolução de uma pós realidade no cenário humano (...)




Aline Batista dos Santos
Aline Batista dos Santos

Aline Batista dos Santos

Graduada em Relações Internacionais (Bacharelado) pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU (Com Bolsa 100% pelo Programa Universidade para Todos - PROUNI) | Pesquisadora Acadêmica no Programa de Iniciação Científica - PIVIC (2017; 2018; 2019 e 2020) | Monitora Acadêmica das Disciplinas de: "Finanças Internacionais" (2018.2); "Economia Brasileira Contemporânea" (2019.1); "Eventos e Extensão" (2019.2); "Geopolítica e Geoestratégia" (2020.1); "Fundamentos da Economia" (2020.1) | Analista Internacional | Educadora para a Transformação e o Impacto Social | Pesquisa Acadêmica | Gestão de Projetos e Negócios Sociais | 


  • FONTES CONSULTADAS I REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS =

RODRIGUES, Luciana. Bonecos Reborn: entre o real e o imaginário da maternidade. In: CONPEDU – Congresso de Pesquisa em Educação, 2018. Anais [...]. Cáceres: UNEMAT - 2018. disponível em: periodicos.unemat.br. Acesso em: 15 maio 2025.

MARTINS, Ana Paula. A construção simbólica da maternidade: O Fenômeno dos Bebês reborn. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, p. 45-62, 2018.

SILVA, Mariana. O corpo inanimado em dis(curso): E como reborn-babies são significados por suas mães. Anais do Congresso Nacional de Linguagem,

Tecnologia, Universidade Federal de Minas Gerais, 2019.

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