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O mercadológico viés da produção excessiva e o fascínio pelas SLEEPTECHS no Mercado Hodierno: A sujeição sanada pela dependência

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    CERES
  • há 24 horas
  • 3 min de leitura

O famigerado mercado Sleep Tech (Tradução para Mercado do Sono), mesmo que pareça uma inovação promissora, hoje é foco dos polêmicos diálogos que envolvem privacidade dos dados pessoais, mesmo comprovações ou não baseadas na evolução da ciência (...) Ocorre que pela dependência com “Telas” e produções massivas ao longo das profissões e senso de realização, o período de descanso demanda esforços demasiados, quase que “desnecessários” de mudança de vivências, que recorre-se à soluções mágicas incomuns.


Porém, ademais dos vícios nas mídias/redes sociais, ausência do desfoque ou descanso  que exija progressividade, as resoluções mais rápidas são vislumbradas com os próprios celulares, os responsabilizados pelo crucial problema. Nisso, as aplicações denominadas como Sleep Techs, adquirem dados sensíveis, como padrões do corpo do usuário, ciclos de sono, frequência cardíaca e áudio do cenário selecionado. O que impulsiona incômodo sobre quem possui acesso ou não aos dados encaminhados e, supondo os seus porquês.


As polêmicas incluem a prévia noção (ou mesmo ambição sobre) sobre como os dados são usufruídos pelas companhias de saúde, se há probabilidade de uso para fins próprios com propagandas enviesadas ou manipulação dos desejos para fins de comercialização. Inclusive, há nisso a possibilidade de riscos de que esses dados sejam aplicados para fins de ilegalidade, caindo nas famigeradas “ Mãos erradas” ou reaplicados para vendas como as seguradoras, recursos humanos, enfim, empresas que os compram sem “permissões”.


A grande maioria dessas produções idealizadas pelas Sleep Techs, são lançadas, mesmo divulgadas e comercializadas com promessas amplas e vazias, pois, na medida em que melhoram qualidades do sono, auxiliam na reposição hormonal e biológica em inúmeras esferas, inclusive no próprio “ciclo circadiano humano”. Ocorre que como essas pesquisas com independência da academia formal, nem sempre há confirmações da eficácia dessas idealizações, o que gera falsas ideações, induzindo ansiedades de desempenho do sono.


E sabe-se que com a ascensão dos veículos de comunicação e meios informacionais, nas poucas informações vislumbradas, usuários possuem a (re)Ação básica de análises sem que haja vislumbres médicos, ou seja, os mesmos analisam o próprio sono de maneiras equivocadas, buscando medicações desnecessárias. O que negligencia, mascara graves doenças e problemas reais, impulsionando dependência “nos Apps” sem causas reais… Isso pois essa medicalização do período do descanso, é baseada em números variáveis.


Nisso, vê-se que a busca pela perfeição do sono é impulsionada pela ideia de perfeição diária, que inclusive impulsiona obsessão pela qualidade desse período de descanso. Na preocupação, sob pleno perfeccionismo, pessoas dormem com malefícios pela excessiva ansiedade com os dados alcançados pelas aplicações redirecionadas pelas Sleep Techs. Nesse mesmo cenário, vê-se um processo de “exclusividade” nessas produções, que são caras e nenhum pouco direcionadas aos públicos de Baixa renda, mesmo que envolvidos.


Os colchões e Apps que promovem mágicas (re)ações, claro sob milhões de dólares, não são soluções escaláveis e inclusivas nesse mercado, que incluem grupos beneficiados no processo mercadológico. Inúmeras produções dessas Sleep Techs operam sem que haja alguma supervisão médica, discorrendo um grande lapso e vácuo dos dados auferidos e as recomendações baseadas na realidade. Não vê-se plena conexão das clínicas do sono e o campo da medicina, com anseios de comercialização que negligenciam o “Acordado”.



Aline Batista dos Santos
Aline Batista dos Santos

Aline Batista dos Santos

Graduada em Relações Internacionais (Bacharelado) pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU (Com Bolsa 100% pelo Programa Universidade para Todos - PROUNI) | Pesquisadora Acadêmica no Programa de Iniciação Científica - PIVIC (2017; 2018; 2019 e 2020) | Monitora Acadêmica das Disciplinas de: "Finanças Internacionais" (2018.2); "Economia Brasileira Contemporânea" (2019.1); "Eventos e Extensão" (2019.2); "Geopolítica e Geoestratégia" (2020.1); "Fundamentos da Economia" (2020.1) | Analista Internacional | Educadora para a Transformação e o Impacto Social | Pesquisa Acadêmica | Gestão de Projetos e Negócios Sociais | 


  • FONTES CONSULTADAS I REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS = 

BARON, K. G. et al. Orthosomnia: Are some patients Taking the quantified self Too far? Journal of Clinical Sleep Medicine, v. 13, n. 2, p. 351–354, 2017. DOI: 10.5664/jcsm.6472.


KO, P. R. et al. Consumer sleep technologies: a review of the landscape. Journal of Clinical Sleep Medicine, v. 11, n. 12, p. 1455–1461, 2015. DOI: 10.5664/jcsm.5288.


DE ZAMBOTTI, M. et al. The boom in wearable technology: cause for alarm or just what is needed to better understand sleep? Sleep Health, v. 2, n. 4, p. 249–256, 2016. 

DOI: 10.1016/j.sleh.2016.08.004.


WALKER, Matthew. Por que nós dormimos: nova ciência do Sono e do Sonho. 

Tradução de Laura Teixeira Motta. São Paulo: Intrínseca, 2018.

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