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Ponderações sobre o 15 de Março: Os reflexos das ilegalidades, influências das BETS e propagandas com roupagens de sucesso nos Jovens Alunos Brasileiros

  • Foto do escritor: CERES
    CERES
  • 31 de mar.
  • 4 min de leitura

Em 15 de Março comemora-se o dia da Escola, num cenário na qual a percepção visual é a de que inúmeras crianças e jovens brasileiros não vislumbram na mesma um caminho ou viabilidade, mas sim resquícios mínimos com grau de obrigações e/ou “penalidades”. Sabe-se que é uma condição complexa que envolve o meio social, econômico, como as heranças estruturais, institucionalizadas… E que combinados originam cenários propícios para evasão e criminalidade, possibilidades viáveis quando melhorias são negligenciadas. 


Não é novidade que esse público vive em cenários de pobreza, mesmo condições nas quais visualiza-se misérias escancaradas, Nisso a Escola não dá-se como prioridade para sobrevivência ou melhoria da qualidade de vida, dadas desigualdades socioeconômicas… No vislumbre de que a violência, as drogas ou formas aquém de criminalidades ponderam o crime vê-se como “acessível” para alcance de recursos fáceis, poderes e influências (...) Também um reflexo sobre maneiras “ágeis” para recolocação na ordem social, status quo. 


Inclusive, em inúmeras áreas, com especificidade nas periferias e/ou grandes cidades, as escolas públicas não proporcionam recursos em suficiência e nem formam e valorização seus professores a fim de que os alunos (a) jamais percam o desejo pelo meio. Visual é o descaso que vai dos profissionais da educação ao núcleo das crianças/jovens, os que já sofrem com prioridades variadas, educadores mal remunerados e sobrecarregados pelas burocracias regionais-nacionais que não focam nas duras e reais necessidades escolares. 


E para vários desses jovens das zonas que carecem de cuidados e recursos, os seus dias vindouros parecem inacessíveis. Nisso, sem apoio psicológico, impulso e/ou meios para que suas habilidades sejam desenvolvidas, as escolas públicas não são visuais como um caminho de fuga para melhorias e superação do carma das desigualdades. Agora, noções do “fácil” pelas criminalidades infindáveis são dadas como saída para que busca os meios de ganho rápido e exibição de poderes, mesmo que isso envolva riscos, descredibilidade. 


Em algumas comunidades, a influência das drogas e o crime organizado é percebida, sob uma chamada “chance de sucesso” para jovens em condição de vulnerabilidade, com as promessas incansáveis de poderes, dinheiros e recursos incomparáveis, o que gera uma ambição generalizada que se propaga inclusive, pelas redes/mídias sociais, com gêneros musicais ou personalidades que convencem pelos seus ganhos e condicionalidades que comparáveis à chances reais de melhorias, são mínimas para esse público que consome.


E isso advém não só como responsabilidade da escola ou sob uma demanda do governo, dado que há ausência visual do apoio da família e/ou comunidade, carecendo de uma rede que os apoie com o égide de educação base, além de programas sociais de inclusão divulgados e acessibilidades, algo que acresce chances da adoção de ações arriscadas… 


E mesmo que haja soluções vigoradas, as mesmas não são em suficiência para que logo alcance áreas que urgem pela resolução do problema, com exclusão, ciclo de escassez. 


Ainda há jogos online ilegais, as denominadas BETS, com acréscimo no meio de diversão do público jovem, em casos, como forma de ganho rápido nas comunidades vulneráveis… Embora esse fenômeno não venha com exclusividade ao Brasil, ganhou popularidade na acessibilidade do ganho pelas redes, com promessas de agilidade e status advindos. Um cenário na qual crianças seguem caminhos que envolvam esses meios “adicionais” além do crime como forma de escape sem que se dediquem na sua formação básica fornecida. 


E a influência de personalidades públicas, como influencers de streamers de jogos ou os que divulgam BETs como forma de “bom caminho e aplicabilidade” é visível. Eles veem nos próprios canais divulgando suas realizações e com promessas vazias, o que gera um ideal e percepção escassa de que é fácil, hábil e viável o ganho de recursos no meio, logo encaminhando gerações para que se arrisquem sem que compreendam os perigos, ainda perdas e/ou vícios que ocorrem nesse cenário que desconsidera o racional e consciência. 


A ausência de regulação adequada sobre BETs no Brasil é preocupação que cresce. Sem organização e ordenação eficaz, faz-se cada vez mais difícil a segurança nos jogos, com a função de que os jovens não sejam explorados pelas fraudes e propagandas enganosas com roupagem de sucesso agilizado. Nisso, a escassez de programas públicos que assim abordem o problema e suas consequências corroboram para exposição e (re)ações, que criam um ciclo vicioso de dependência envolvendo, em inúmeros casos, ilegalidades (...) 


Em suma, como a criminalidade, as BETS são uma das percebidas formas de escape, uma saída para crianças, jovens que buscam melhorias ágeis do cenário de desigualdade socioeconômica, para modificação de suas condições de vivência. Liga-se à escassez, a ausência de educação de qualidade (abrangendo recursos, valorização de profissionais e funcionalidades, bem como revisão das suas remunerações). Na culturalidade do “vazio”, a ostentação exibida é influência para uma base social sem referência, visão do amanhã.



Aline Batista dos Santos, Internacionalista e membro conselho de pesquisa CERES.
Aline Batista dos Santos, Internacionalista e membro conselho de pesquisa CERES.


● FONTES CONSULTADAS I REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS = 

Carmo, L. (2019). A crise educacional no Brasil e suas consequências sociais. Ed. Uni. Fernandes, A. (2017). A realidade das periferias: desigualdade, violência e escolhas de vida. Ed. Social. 

Lopes, A. (2020). Jovens e a busca por alternativas de rápido ganho: do crime às apostas online. Ed. Nova Geração.

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