PARADOXOS SOBRE A LIBERDADE INDIVIDUAL E JUSTIÇA SOCIAL EM MAX HORKHEIMER
- CERES
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Max Horkheimer, sociólogo e filósofo, desenvolveu obras e ideações com relevância com análises da sociedade no período moderno, com especificidade no que concerne a relação da liberdade e dignidade no senso do bem comum. O mesmo corroborou com observações às Teorias de Marx, sob Tradicionalismo, com ênfase para discussões sobre liberdades (...)
Em sua principal obra, dialoga que há apreensões na ideia do livre com o justo no grupo. E logo, na medida em que se busca justiça, há escassez do “livre” para o individual e, sendo assim, considerando o grau de liberdades concedidas para os seres humanos, vê-se que menores serão os graus de justiças sociais alcançados nessa periodização, como geral (...)
Pela visão de Max Horkheimer, compreende-se sua posição como análise à razão do recurso da sociedade hodierna, sob produções sucessivas. Com abordagem filosófica mais ampla, compreende que a liberdade no cenário moderno não é visualizada de modo 100%, mas sempre condicionada às conjunturas sob vigência e, relacionadas ao socioeconômico.
Assim sendo propõe que a liberdade, em uma sociedade sob igualdade, se faz reservada, em escassez. Isso ocorre porque a procura pela justiça em inúmeras sociedades implica na maneira de rigidez e regularização que, para o mesmo, é rígida às opções dos indivíduos e logo à suas liberdades específicas que se pressupunha como originárias à ele nesse caso.
Como exemplificação, no estado de bem-estar social, a subdivisão de riquezas e regulação das desigualdades inúmeras alcançariam “justiça social”, mas para que isso ocorra, faz-se necessário que se regularize e minimize ações dinâmicas, “livres” do mercado, assim como as liberdades socioeconômicas dos seres humanos livre acessadas pelos mesmos no geral
Em divergência, maiores liberdades individuais enfraqueceram o ideal de justiça social. Em uma sociedade que favoreceria a liberdade 100%, como o liberalismo econômico, sabe-se que a desigualdade social cresceria, já que o sistema deixaria suas gerências na dinâmica de mercado e assim sendo, nas várias disparidades que surgiram na economia de vigência.
E dessa maneira, sugere que busca pelas liberdades ocasionariam em sociedades injustas marcadas pela subdivisão desigual dos poderes e dos recursos disponibilizados e/ou logo auferidos. E discordava da visão de Marx de que, a modificação revolucionária do social e a eliminação das desigualdades de classe impulsionaram liberdade plena para o indivíduo;
Para Max Horkheimer, essa liberdade não seria visualizada como algo que se desvincula do cenário socioeconômico. Porque dessa mesma maneira percebia que na sociedade que valorizava produções sucessivas e maximizadas, essas liberdades se enxergariam, várias vezes de modo superficial, dado que se regula pelas condições, sobrevivência econômica.
Também analisa que o processo de modernização e racionalização das sociedades, essas que visavam o acúmulo financeiro, o acréscimo da eficiência e produção, reduz verdadeira liberdade. Observava que quando Tecnologias se desenvolveram, assim como burocracias viu-se forma de “organização racional” que diminuiu capacidades individuais de liberdades.
Isso para que favorecessem uma “liberdade” que na realidade se modifica para um jogo de escolhas reguladas, minimizadas e específicas pelo cenário econômico e social como em predomínio. E nisso analisa como a busca pelas liberdades na lógica de puro utilitarismo e no capitalismo, enfraquece as condições reais para sua emancipação com exemplificações.
E o porquê seria relacionado ao exclusivismo na eficiência e regulação, pois as sociedades modernas minam a possibilidade de liberdade plena, na qual os seres humanos possuiriam real emancipação da opressão, não só de um modo único e exclusivo econômico, mas pelo social nisso com os cenários culturalizados exemplificadamente, em suas predefinições (...)
E propondo reflexão de análise sobre a “liberdade” promovida pelas sociedades modernas, Max Horkheimer, é aquele que analisa como essas inúmeras vezes não passam de falsas ideais de liberdade onde a independência individual é reduzida ao espaço, como escassez de escolhas já predefinidas. Na visão dele, o verdadeiro ideal de liberdade se ligaria à separação, como emancipação das conjunturas socioeconômicas que colocam burocracias reais aos seres humanos, e não à mera e plena ausência de regras e padronizações dessa liberdade econômica proporcionada pelo liberalismo, conforme Marx idealizou e defendeu nas suas obras analisadas pelo filósofo que delas divergiu, exemplificando com paradoxos.

Aline Batista dos Santos
Graduada em Relações Internacionais (Bacharelado) pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU (Com Bolsa 100% pelo Programa Universidade para Todos - PROUNI) | Pesquisadora Acadêmica no Programa de Iniciação Científica - PIVIC (2017; 2018; 2019 e 2020) | Monitora Acadêmica das Disciplinas de: "Finanças Internacionais" (2018.2); "Economia Brasileira Contemporânea" (2019.1); "Eventos e Extensão" (2019.2); "Geopolítica e Geoestratégia" (2020.1); "Fundamentos da Economia" (2020.1) | Analista Internacional | Educadora para a Transformação e o Impacto Social | Pesquisa Acadêmica | Gestão de Projetos e Negócios Sociais |
● REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - FONTES CONSULTADAS
Horkheimer, Max. Teoria Crítica e Sociedade: Ensaios Filosóficos — São Paulo: Editora UNESP, 2002.
Horkheimer, Max. A Filosofia e a Crítica da Sociedade Moderna — São Paulo: Editora Hucitec, 1997.
Held, David. Teoria Política Contemporânea. São Paulo: Editora Unesp, 1997.
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